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Porto de Itajaí gera empregos e traz investidores para a região

Porto de Itajaí gera empregos e traz investidores para a região

Constituído pelo Porto Público de Itajaí e demais terminais portuários instalados nas margens direita e esquerda da Foz do Rio Itajaí, instalações de apoio logístico em operações nas cidades de Itajaí e Navegantes e completa infraestrutura para embarque e desembarques de cargas dry e reefer, o Complexo Portuário do Itajaí é hoje a principal opção para o os exportadores e importadores que operam em Santa Catarina e um dos principais complexos do Brasil. Localização estratégica, moderna infraestrutura e mão de obra qualificada são os adjetivos que identificam o Porto de Itajaí.

A Autoridade Portuária é delegada ao município pelo convênio 08/97 [entre município e União] e exercida pela Superintendência do Porto de Itajaí, autarquia municipal criada em junho de 2000 para assegurar as condições operacionais e garantir a infraestrutura terrestre e aquaviária para os terminais que compõem o complexo.

Sendo tradicionalmente um porto de carga geral, o Porto de Itajaí vem apresentando um crescimento surpreendente nos últimos anos. Tendo embarcado/desembarcado, apenas no cais comercial, 732 mil toneladas em 1990, superou pela primeira vez a marca de 1 milhão de toneladas em 1992. Os dados coletados em 2004, apresentam movimentação de 5.713.943 toneladas. 

Ao longo dos anos recentes, as principais mercadorias movimentadas pelo Porto de Itajaí foram: madeira e derivados; frangos congelados (maior porto exportador do Brasil); cerâmicos; papel kraft; máquinas e acessórios; tabacos; veículos, têxteis; açúcar e carne congelada. Merece destaque a movimentação de contêineres, que coloca o Complexo Portuário de Itajaí na segunda posição do ranking nacional, atrás apenas do Porto de Santos.

Porto de Itajaí
Porto de Itajaí

Conheça a história do Porto de Itajaí

Relatos históricos mencionam a importância do Porto de Itajaí desde o século XIX, não somente no que se refere ao ingresso de colonizadores estrangeiros, mas também ao forte comércio fluvial que acontecia em Itajaí. Segundo estudiosos, o porto “mobilizava os sujeitos ao redor do comércio informal, havendo daí a evolução para atividades de exportação e importação”. 

A literatura registra que os primeiros estudos técnicos sobre o Porto de Itajaí datam de 1905 e foram realizados pela “Comissão de Melhoramentos dos Portos e Rios”, mas, somente por volta de 1914 foram construídos 700 metros lineares do molhe Sul e, mais tarde, realizadas outras obras, incluindo as do molhe Norte.

As obras do porto foram iniciadas efetivamente em 1938 com a construção do primeiro trecho de cais, em estrutura de concreto armado com 233 metros de comprimento, pátios pavimentados em paralelepípedos e o primeiro armazém. A complementação do cais, com mais 570 metros, foi feita na década de 1950, totalizando 803 metros. Os trabalhos foram divididos em duas etapas e se prolongaram até meados de 1956, ano em que também teve início a edificação do primeiro armazém frigorífico do Porto de Itajaí.

Em 1977 foi erguido o prédio administrativo do Porto e o terceiro armazém. Na década de 1980, verificou-se a necessidade, devido à deterioração de diversos pontos da estrutura do cais, e a Portobras, atendendo ao pleito da Administração do Porto, promoveu a reforma e recuperação completa do cais acostável.

O Porto de Itajaí foi considerado porto organizado em 1966 pelo decreto 58.780/66, que também criou a Junta Administrativa do Porto de Itajaí (Japi), responsável pela gestão e operação das atividades portuárias. A justificativa de organizar o porto era sua importância comercial e industrial no Vale do Itajaí e a necessidade de integrá-lo no sistema portuário nacional.

As operações do porto eram alavancadas pelas cargas de madeira, trazidas das regiões Oeste, Meio Oeste e Planalto de Santa Catarina e exportadas por Itajaí. Porém, no final dos anos 1960, o ritmo de extração da madeira começou a apresentar queda, revertendo a longa tendência de crescimento desde o início do século.

Após queda brutal nas exportações de madeira, o Porto de Itajaí teve que se adaptar ao novo padrão de crescimento da economia catarinense. No início dos anos de 1970, a grande indústria catarinense estava se preparando para conquistar e ampliar sua participação no mercado externo. Em âmbito nacional, o país estava engrenando num rápido crescimento econômico coordenado e orientado pelo Estado por meio do planejamento.

Em julho de 1983, o Vale do Itajaí foi assolado por uma das suas maiores enchentes em decorrência de um volume anormal de chuvas nas suas cabeceiras. Isto fez com que as águas do rio Itajaí-Açu, em direção a sua foz, viessem a aumentar descomunalmente sua vazão e, em decorrência disto, metade do cais do Porto de Itajaí foi destruída pela correnteza do rio. 

Naquele ano, o cais foi reconstruído pela Cobrasil. A outra metade do atracadouro não foi atingida, mas sua estrutura tinha a mesma característica daquela que ruiu, mas um capricho do rio a fez resistir por 25 anos e 6 meses, até o final de novembro de 2008, quando a cidade de Itajaí e toda a região do Vale foram castigadas com chuvas intensas que sobrecarregaram os níveis dos rios Itajaí-Açu e Itajaí-Mirim, ocasionando uma grande enchente que acabou derrubando grande parte do cais do Porto de Itajaí.

Imediatamente o Governo Federal editou uma medida provisória que garantiu recursos da União para a reconstrução das cidades atingidas em Santa Catarina e, consequentemente,  para a reconstrução do Porto de Itajaí. As obras de reconstrução foram concluídas em novembro de 2010.

Porto de Itajaí: Cenário em 2022

Itajaí segue figurando entre as cidades que mais geram empregos em Santa Catarina. Desta vez o Município ficou em segundo lugar na lista dos que mais contrataram com carteira assinada no mês de abril deste ano, atrás apenas da capital Florianópolis. O resultado demonstra o fortalecimento da economia local, com atração de novas empresas e geração de oportunidades, principalmente nos setores do comércio e indústria, destaques nesse período.

As cidades que apresentaram maiores saldos positivos nas contratações em abril foram: Florianópolis (2.536 vagas); Itajaí (700); Tubarão (480); São josé (467); Blumenau (463); Itapema (299); Criciúma (287) e Balneário Camboriú (266).

Na região da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí-Açu (Amfri), Itajaí lidera o ranking de geração de empregos com saldo positivo. A cidade é seguida por Itapema (299), Balneário Camboriú (266), Navegantes (216), Barra velha (105), Balneário Piçarras (30), Penha (30), Camboriú (5) e Luiz Alves (2). Porto Belo, Ilhota e Bombinhas tiveram o número de demissões maior que o de contratações.

Nesse sentido, o Porto de Itajaí tem grande contribuição, uma vez que inúmeras vagas são abertas no local, com o objetivo de movimentar a economia da cidade.

 

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